O Sábio diz:

"Às vezes, para poder ir à outra página...
É preciso aprender a deixar as páginas virarem."
(O Sábio - Retorno ao Labirinto)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Quebrando o casulo

Mudar...
Infelizmente é uma coisa necessária do ser humano.
Eu sou taurina, logo, tenho um verdadeiro horror a mudanças, principalmente às drásticas! Sou daquelas que, se põe um ursinho em cima da prateleira, ele vai ficar lá por, pelo menos, uns 20 anos. E quando eu mudo alguma coisa, é porque veio da minha vontade, como foi com o meu cabelo.
Mas as pessoas crescem e mudam seu jeito sem perceber. De repente começam a gostar mais de dourado do que prateado. Ou o Chanel passa a chamar mais atenção do que o estilo Rapunzel. E então, você se pega namorando uma calça com estampa de bicho que você vem repudiando a sua vida inteira...
Não adianta. Mudar é inevitável. Ouso até dizer que é vital.
Eu sempre fui meiga e acho que isso não vai ser diferente nunca, afinal, já tenho 28 e ainda gosto dos meus cachinhos perfeitos de princesa medieval europeia, vestidos rodados e flores ao redor, mas as camisetas largas deram lugar a babylooks, batas e jaquetas de voil. Escrever tornou-se tão importante quanto desenhar e eu descobri o quanto é difícil ser vegetariana.
Alguma coisa mudou dentro de mim. Foi de um lado para o outro como o oceano durante uma tempestade.
Minhas roupas.
Meu traço.
Minha estilística.
Até minha cintura mudou (muito obrigada, caminhadas matutinas e vespertinas)....

E então, minhas bijuterias, antes infantis, se transformaram em semi-joias um pouco mais adultas, mas ainda com o estilo clean de uma pessoa que não gosta muito de aparecer. Anéis, colares, pingentes, brincos, cores, até lenços têm me chamado muito a atenção, então, aos poucos, eu estou mudando todos os meus acessórios. Meu guarda-roupa está enlouquecendo.
A mudança está sendo lenta por dois motivos:
1) Como eu disse, tenho horror a mudanças, mas quando elas vêm, vêm de mim. Tenho de me acostumar com uma, antes de partir para a próxima.
2) Não tenho dinheiro para mudar de uma vez.
Então, conheçam um pouco dos meus novos brinquedinhos brilhantes...
Só não reparem. Meus recursos para fotografar eram escassos, e eu não sou a Mestra da Edição... Está porco mesmo .-.
Colar Pena (Amy Acessórios) - R$32,90
(com 50% de desconto)
Colares Dia Asa e Caveira (Accessorize)
R$54,90 (70% de desconto)
Brincos Studs Angel (Accessorize) - R$24,90
  
Colar Pena (Imaginarium) - R$72,90 (Com 30% de desconto)


















Colar Guirlanda (Marisa Acessórios) - R$ 4,99 (Isso mesmo, você leu certo. Custou CINCÃO!)
Folha Pena Arranjo de Cabelo (Antix) - R$49,90
Presilha Pena (Accessorize) - R$29,90
Anel Pena (Riachuello Acessórios) - R$9.90
Ear Cuff (Amy Acessórios) - R$36,90 (Com 50% de desconto)


Colar Asa Dourada (Riachuello Acessórios) R$ 17,90






Pulseira Asa Dourada (Riachuello Acessórios) - R$14,90
Brinco Hastes (Amy) R$32,90 (50% de desconto)
Conheçam a Gertrudes. Corujinha linda que eu ganhei do meu irmão.
Esse foi um presente... ^.^
Claro que, depois que eu tirei essas fotos, muitas outras coisas aconteceram... Eu comecei a namorar um rapaz maravilhoso e ele sempre prazer em me cobrir de presentes. Então essas pequenas delicadezas que comprei, multiplicaram depois de Fevereiro (ééé... Faz tempo que eu não atualizo.) Ele me deu espartilhos (o primeiro dele era Steampunk. Depois eu posto fotos.) Colares, brincos, roupas novas.
Estou me sentindo uma Nova Síl...
Mudar é necessário de vez em quando... Senão a gente enlouquece... To até mudando de blog.
Pois é... Gosto daqui. É um pequeno aconchego para mim. As folhas de Colmo, o tom dourado do Outono, a gentileza prestada por meus amigos ao fazerem, de vontade própria, os banners e os avatares do blog...
Mas ainda não é a minha cara. Sou uma Blogueira e preciso de algo para me focar. Algo que seja mais a minha cara! Que acompanhe a minha evolução como artista.
Em breve tudo isso vai mudar...
E a Dunaz? Bem... Deixemos a Dunaz para o Elementais, já que este é o lugar dela. Quem sabe, quando eu tiver mais tempo, eu possa finalmente estruturar o blog de cada personagem? Pois, sim, elas têm seus próprios espaços no mundo virtual. Quero, de verdade, trabalhar com carinho nisso. (E assim que Elementais se finalizar, iniciarei um árduo e prazeroso trabalho com Four Seasons).
Alguns posts serão levados comigo. Outros serão dobrados e guardados dentro do meu Baú de Memórias...
Espero que, com isso, minhas postagens me acompanhem.

sábado, 8 de março de 2014

Girl Power Collab - 50 cabeças pensam melhor do que uma.

Trabalhar com Comunicação não é fácil, mas é extremamente prazeroso (e eu bem sei disso).
Muita gente pinta e borda desde berço e cresceu com o sonho de mudar o mundo, uma pincelada de cada vez. E foi assim que surgiu o Girls Power Collab, uma união de 50 grandes artistas que têm muitas ideias para pôr no papel.

Como funciona a brincadeira? Simples! Essas garotas de mente aberta se juntaram para trazer a nós, meros mortais, um pouco de atitude em relação ao sexo feminino que, erroneamente, é conhecido como o "Sexo Frágil".
Acontece que essas pessoinhas cheias de charme resolveram mostrar suas próprias versões de tais personagens, fictícias e reais, e para quê? Diversão, ilustração, divulgação... Além de uma grande homenagem às mulheres, claro, já que o projeto será publicado... Opa, hoje!
Então, 50 personalidades serão retratadas por 50 ilustradoras muito talentosas aqui, no Girls Power Collab, cada uma à sua maneira. Se quiserem saber mais, confiram a página no facebook e divirtam-se.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Saudade Concreta

Saudades, paroxítono trissílabo.
Saudades, substantivo abstrato.
Saudades de acordar cedo num dia chuvoso.
Saudades de acordar tarde nas férias da escola.
Saudades dos amigos na época de aula.
Saudades do videogame no fim de semana.
Saudades das aulas de desenho.
Saudades daquele namorado, nunca mais ter aquele abraço.
Saudades da pizza fria no café da manhã, depois de uma festa a madrugada toda.
Saudades da boneca preferida, do jogo de chá e de usar as roupas da mamãe.
Saudades das manhãs frias.
Saudades das noites quentes.
Saudades dos tombos de bicicleta.
Saudades dos desenhos na manhã de sábado.
Saudades das flores.
Saudades das folhas de outono.
Saudades das ruas cobertas de flores no fim da primavera.
Saudades das frutas frescas no pé, prontas para comer.
Saudades de almoçar a sobremesa e lamber o prato no final.
Saudades das noites estreladas e a Lua clara bem no meio do céu.
Saudades de levar o cachorro pra passear.
Saudades da praia quente no verão.
Saudades da praia fria no inverno.
Saudades de empinar pipa num dia de vento.
Saudades do algodão-doce.
Saudades da pipoca.
Saudades de passar horas no lago sem falar nada, para não espantar os peixes.
Saudades de cantar debaixo do chuveiro.
Saudades da neve que nunca caiu.
Saudades das risadas e do chocolate-quente.
Saudades de brincar de amarelinha, cabra-cega e esconde-esconde.
Saudades da grama molhada, de manhã bem cedinho.
Saudades dos sorrisos.
Saudades dos prantos
Saudades.
Saudades de um ombro amigo.
Saudades do Cheese-burguer no lugar do arroz com feijão.
Saudades de falar ao telefone de madrugada.
Saudades de atacar a geladeira às 4h17min da manhã.
Saudades de tomar uma banana-split.
Saudades de falar horas sem parar.
Saudades de ficar em silêncio.
Saudades de comer até ficar triste.
Saudades da praia às 22h40min.
Saudades de ficar doente.
Saudades do tênis velho.
Saudades da distância.
Saudades da presença.
Saudades das histórias.
Saudades das pessoas.
Saudades de viver.
Saudades de morrer.
Saudades do momento.
Saudades de sentir saudades.
Saudades do tempo em que a saudade era um simples sentimento.

sábado, 21 de setembro de 2013

Não é só comer bem, precisa ser gostoso!

Certa noite, na casa da minha amiga Natacha, antes de dormir, puxei uma revista (acredito que fosse "Cláudia") para ler um artigo a respeito de primeiros encontros. Era uma sucessão de dicas e lembretes para as mulheres, e um deles dizia:
"No primeiro encontro, ele decide cozinhar para você. Se ele usar mais do que quatro vegetais na salada, ele é um homem sério."
Bom... Meu primeiro pensamento foi "Então eu sou um homem muito sério, pois quando eu faço salada, eu coloco, no mínimo, umas cinco folhas diferentes, três legumes, quatro vegetais, duas frutas, dois tipos de semente e no molho ainda vai MEL..."
Então, sempre que tem algum churrasco na casa de amigos, ou mesmo com a família, eu já meto o pé no peito e digo que farei minha Famigerada Salada de Homem Sério. Um prato para vinte pessoas não durava dez minutos em cima da mesa, e isso me deixava feliz.
Me deixa feliz!

Bom... o foco hoje não sou eu...
Quando eu comecei a trabalhar no Jundiaí Shopping, arranjei um pequeno problema: comida.
Só com 15 minutos diários, eu só consigo comer uma maçã e rezar para não desmaiar durante o serviço, mas vamos lá. Em um belo domingo de sol, quando minha mãe me deixou (bem) mais cedo no trabalho, eu peguei o meu rico dinheirinho e fui pesquisar alguma coisa rápida e barata na praça de alimentação, quando cruzo com um homem segurando algo que se assemelhava a um BALDE cheio de salada. Sim, pessoinhas, um prato tão fundo e tão grande e tão CHEIO DE COISA VERDE que me fez pensar Ou esse cara é vegetariano, ou essa comida deve ser REALMENTE BOA.
Então eu encontrei um restaurante pequenino e lindinho chamado Salad Creations com suas três atendentes sorridentes (que, infelizmente, a foto desapareceu do meu celular... Mas, acreditem... Elas são uns amores!).
Jeniffer, Nicoli e a gerente Cláudia me receberam muito bem e tiveram paciência com meu cérebro lento, explicando como funcionava o esquema daquele restaurante. Para quem já comeu no Subway, é basicamente a mesma coisa. Você escolhe a base de folhas, depois escolhe entre todos os tipos de legumes existentes no PLANETA para compor a sua salada, em seguida os queijos; você pode escolher um entre seis ou sete opções (eu não lembro, gente... XD). Em seguida vem a proteína (carne, para os leigos), mas isso eu pulo. E então, minha gente... Chegamos aos molhos... Mamãezinha do Céu, eles têm molho à base de fruta e eu nunca sei o que escolher! Mas, enfim... Minha salada ficou pronta...
Infelizmente, resolução da câmera de celular não é aquelas coisas... Esses grãozinhos que mais parecem arrozes, são, na verdade, sementes de girassol, nozes e mais um monte de semente com propriedades que fazem bem ao coração que eu não vou lembrar o nome agora... Mas acreditem: É bom pra caramba!
O suco feito por eles, mais natural, só se enfiassem um canudinho na fruta e dessem na sua mão. Realmente bom!
Eu comi!
Mas eu comi!
RAPAZ, MAS COMO EU COMI!!!!!
E aquela salada não estava apenas bonita. Estava gostosa! (Tudo bem, sou suspeita em dizer isso porque sou vegetariana, mas... sério, gente... Tava boa de verdade!)

Resumo da ópera:
No Salad Creations você tem opções de saladas prontas, descritas no cardápio com seus respectivos preços (isso é bom, pois o cliente não tem a obrigação de ficar perguntando o valor de nada) e o que cada uma pode fazer de bom para você e seu organismo. Mas se não gostar de nenhuma delas, pode montar a sua própria versão (como eu fiz). Se quiser um suco, há vários sabores e todos são naturalíssimos. Fruta de verdade. Tudo muito gostoso. E não tem como não falar do atendimento que foi de primeiríssima qualidade! Eu não tenho qualquer reclamação deste restaurante. E ainda, um bônus: Por eu ser logista do shopping, ainda ganho 10% de desconto (e para uma pessoa sem grana como eu, isso influencia, E MUITO na decisão de onde comer).
As meninas que trabalham lá são uns amores e super pacientes e sabem atender.
Eu saí da mesa mais do que satisfeita, não só porque a comida estava boa e conseguiu me alimentar por todo o dia. Saí de lá leve, feliz por um excelente atendimento e preço baixo (ok. Pra mim o preço era alto, mas porque eu sou uma pessoa sem salário! Mas é baratinho, sim.).
Salad Creations Jundiaí é mais do que um restaurante; é uma opção de prazer, saúde e bem-estar.
Mais do que recomendado.

terça-feira, 30 de julho de 2013

O Retorno ao Labirinto - Capítulo 1 - Parte 1

Sarah acordou num sobressalto ao ouvir o despertador tocando do outro lado do quarto. Ela dormira debruçada sobre o teclado, havia quadradinhos marcados em sua bochecha e páginas e mais páginas de caracteres desconexos na tela do seu computador.
Ajeitou os óculos e apagou o texto indesejado, levantou e se espreguiçou, sentindo-se masoquista por gostar daquela dor muscular matinal.
Respirou fundo, foi até a sua cama sentando-se nela e dando um tapinha no despertador para silenciá-lo. Manteve a mão ali, olhando para o nada. Não era a primeira vez que sonhava com o passado. Sonhara várias vezes com aquele dia em que estivera no labirinto procurando por seu irmãozinho, tantos anos antes.
Abanou a cabeça, mandando aquele pensamento para longe. Tinha um dia longo pela frente, uma agenda para seguir e um irmão para cuidar.
Depois de se arrumar, desceu para a cozinha e já no meio da escada soube que seu irmão acordara mais cedo quando sentiu o cheiro de café fresco.
 — Caiu da cama? – ela perguntou quando abriu a porta vai-vem da cozinha e viu um jovem louro usando um avental debruçado sobre o balcão de costas para ela picando alguma coisa.
 — Bom dia! – Ele sorriu para ela e voltou a picar. Sarah andou pela cozinha observando a mesa que não estava arrumada para o café da manhã, mas aparentemente, para um piquenique. Havia tupperwares com lanchinhos de patês, outra com bolo de chocolate cortado em quadrados, e mais uma com uma torta salgada que a fez se perguntar a que horas ele havia levantado. Nada daquilo parecia recém-saído do forno.
 — EI! Devolve! – ele parou de picar quando viu Sarah levar um dos lanchinhos à boca.
 — Agora eu já comi. – ela foi até o lado dele e se apoiou no balcão de mármore com o quadril. – Pra que tudo isso?
 — É aniversário da Bèa. – A faca voltou à ativa. – Vamos fazer uma festinha pra ela no teatro.
 — Claro, a Bèa... – ela concordou como se aquilo fosse óbvio. – É aquela com cachinhos, né? – seu irmão concordou em silêncio.
 — E suponho que essas festinhas sejam comuns entre os atores, né? – ela viu que o seu irmão estava ficando vermelho e os tomates que ele picava ficavam cada vez menores.
 — E acredito que a idéia tenha sido sua. – ela tentava conter o riso, olhou discretamente para ele. – É um jeito novo de fazer suco de tomate?
Ele parou de picar e ela riu.
 — A que horas você levantou? – perguntou remexendo nos lanches e mordendo outro (ganhando outra careta do irmão)
 — Fiz metade ontem à noite. Você se enfiou no seu computador e eu vim pra cá.
 — Já pensou em ser cozinheiro em vez de ator? – ela sentou-se na bancada. – você cozinha bem.
 — É – ele largou a faca, amuado. – cozinho melhor do que atuo.
 — Tobby, você sabe que isso não é verdade! – ela puxou o rosto dele com a mão delicadamente e sorriu de forma compreensiva. – Todo mundo tem seus dias ruins. Você só está um pouco disperso, só isso. Por que não pede ajuda ao Lancelot?
Tobby baixou o olhar. – “Estou muito velho para brincar com ursos de pelúcia.”
 — Nunca se está velho demais para os amigos, Tobby. Lancelot me ajudou por muito tempo... Como quando eu quase perdi você, pensou ela, mas nada disse. Apenas puxou o irmão para abraçá-lo com carinho.
 — Ta tudo bem aí?
 — Sim. Só um pouco nostálgica. – ela o soltou e desceu da bancada. Foi tomar o café que ele havia feito e fez uma careta. – Ai, Tobby... – tossiu de leve. – Nunca mais faça café!